25 de maio de 2010

Medidas de contenção em Portugal vs. França e UK

Em França, os palácios dos ministérios já têm flores de plástico. O protocolo francês reagiu à crise e adaptou-se. O Ministério da Economia francês noticiou que as luzes se apagam agora automaticamente às 19h30 em todo o edifício e que as revistas de imprensa serão divulgadas internamente por via electrónica, não devendo ser imprimidas para economizar 23 toneladas de papel por ano. Todos os ministérios franceses reduziram igualmente as despesas com as recepções. As compras de champanhe, bem como as viagens dos adjuntos dos ministros em 1ª classe, mesmo nos comboios, ficam sujeitas a autorização superior.
(http://aeiou.expresso.pt/crise-flores-de-plastico-nos-ministerios-franceses=f584183)

No Reino Unido, o novo governo cortou nos motoristas para os ministros. Aqui o exemplo vem mesmo de cima e depois de Vince Cable, o ministro da Economia, ter abdicado do seu Bentley, agora é a vez de Laws encostar o seu Jaguar ministerial. Na verdade, como parte deste pacote de medidas contra o desperdício, todos os ministros estão proibidos de ter um carro com chauffeur. Laws já advertiu: "Espera-se que os ministros vão a pé para o trabalho, usem transportes públicos ou entrem em esquemas de car pooling. Tal como o fim das viagens do governo e burocratas em primeira classe (45 milhões de libras) ou os custos com consultoria externa (mil milhões de libras).
(http://www.ionline.pt/conteudo/61428-reino-unido-do-ministro-ao-motorista-ninguem-escapa-ao-machado)

Acham que estas medidas seriam possíveis em Portugal?
Não.

Consultem o Diário da República de 18 de Maio de 2010, desde o Despacho n.º 8346/2010 até ao Despacho n.º 8358/2010, e confirmem vocês mesmo o número de novos motoristas admitidos só para o Gabinete do 1º Ministro... 12 novos motoristas!!!

O Estado vai gastar 63 mil euros em flores, em contrato adjudicado por ajuste directo, para o Palácio de São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, durante os próximos três anos, o que perfaz uma despesa de 57,5 euros por dia, isto numa altura em que se pede aos portugueses que apertem o cinto devido à crise.

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