15 de abril de 2011

Dia Mundial do Café

Celebrou-se ontem, 14/4, o dia mundial do Café que honra esta substância tão importante para a maioria das pessoas que vivem o dia a dia na agitação da cidade... e claro que a City Girl não é de todo excepção ;)

Como curiosidade, sabem de onde vem o termo "bica" tão usado em Lisboa para designar um café expresso???
Quando começou a ser comercializado em Lisboa, no café "A Brasileira", o café expresso não agradou aos lisboetas porque era muito amargo. Foi então criado o slogan "Beba Isto Com Açucar"!!! O termo teve tanto sucesso que acabou por manter-se até hoje.

E porque no Porto de chama "cimbalino"???
As primeiras máquinas de café expresso, ainda actuais, eram da marca "La Cimbali" pelo que se começou a generalizar o termo "cimbalino".

E agora a questão de sempre, será que o café faz bem ou mal?
Na verdade, a diferença entre o remédio e o veneno está na dose. Se a bebida for consumida moderadamente, apresenta uma acção antioxidante, actua no combate aos radicais livres e, consequentemente, diminui os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro. No entanto, o excesso de café pode causar irritabilidade, ansiedade, inquietação, insónia, dores de cabeça, náusea e problemas gastro-intestinais, devido a sua acidez.

Um grupo de investigadores, liderado por Rodrigo Cunha, que se dedica desde 2001 a estudar dos efeitos da cafeína nas doenças de memória, avança que pode mesmo vir a tratar as doenças do humor, nomeadamente depressões, um dos mais graves problemas de saúde das sociedades actuais, que afecta uma em cada quatro pessoas. “Concluímos que o consumo crónico de cafeína (um bloqueador de receptores de adenosina) é uma estratégia neuroprotectora em diferentes situações de neurodegenerescência como doença de Alzheimer, stresse, neuro-inflamação, encefalopatia diabética, epilepsia e perda de memória com o envelhecimento”, descreve o cientista na página da instituição (vide http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=48513&op=all).

Outro estudo, israelita, recentemente publicado demonstrou que ingerir o equivalente a três chávenas de café por dia ajuda o sistema circulatório e pode proteger o organismo contra ataques cardíacos.

Por outro lado, a ingestão excessiva desta bebida pode provocar, em algumas pessoas, efeitos negativos como irritabilidade, ansiedade, agitação, dor de cabeça e insónia. Os portadores de arritmia cardíaca devem evitar até mesmo dosagens moderadas, ainda que eventuais, da substância. Altas doses de cafeína excitam o sistema nervoso central, inclusivamente os reflexos medulares, podendo ser letal. Vários estudos demonstraram que a dose letal para o homem é, em média, de três mil gramas por dia – o equivalente a 75 expressos.

Uma curiosidade... como apareceu o café?

Corre uma lenda sobre as origens do café, que data do século III d.C., e conta a história de Kaldi, um pastor de cabras, em que certa noite, quando as suas cabras não retornaram ao rebanho e saiu para procurá-las, encontrou-as próximas de um arbusto enquanto mastigavam os frutos dessa planta – o que lhes deu uma estranha energia.

Vendo a alteração dos animais, decidiu experimentar e descobriu que o enchiam de energia. Kaldi decidiu levar o fruto para o mosteiro local, mas como as reacções não foram favoráveis, decidiu atear queimar os frutos. O aroma exalado pelos grãos torrados atraiu os monges até ao maravilhoso perfume. Posto isto, os grãos de café foram apanhados das cinzas e o abade mudou de ideia, acabando por sugerir que fossem esmagados na água para ver que tipo de infusão originaria. Os monges chegaram à conclusão que o preparado os mantinha acordados durante as rezas e períodos de meditação. Notícias dos maravilhosos poderes da bebida espalharam-se de um mosteiro a outro e, assim, aos poucos por todo mundo.

As evidências botânicas sugerem que a planta do café teve origem na Etiópia Central (onde ainda crescem vários milhares de pés acima do nível do mar). Ninguém parece saber exactamente quando o primeiro café foi tomado (ou em qualquer parte), mas os registos dizem que foi na sua terra nativa, em meados do século XV.